HOMENAGEM FEITA EM 2008 AM RUA LEIDE das NEVES. MANAUS AM

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20 anos depois procurar meus direito tomados!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

So marcas de uma tragedia nacional!!!

DM
Vítimas do césio 137 relembram sofrimento
O pesadelo é azul, curta dirigido por Angelo Lima que está entre os selecionados para participar do X Fica, é exibido hoje no Cine Cultura

12/05/2008

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perdas Dona Joanita Santana, vizinha de Leide das Neves, viu tudo de perto. Personagem real da triste história, ela conta o seu lado da tragédia e como isso afeta sua vida até os dias de hoje
perdas Dona Joanita Santana, vizinha de Leide das Neves, viu tudo de perto. Personagem real da triste história, ela conta o seu lado da tragédia e como isso afeta sua vida até os dias de hoje
Emoção e nostalgia hoje, na sessão das 21h do Cine Cultura, com o filme O pesadelo é azul, de Ângelo Lima. São 30 minutos de comoventes depoimentos das vítimas sobreviventes do maior acidente radioativo urbano da história da humanidade. O filme está entre os quatro goianos selecionados para o X Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).

O curta traz um emaranhado de falas de 11 pessoas que sentiram na pele o poder do césio 137, em acidente ocorrido em 1987 em Goiânia. Entre um depoimento e outro dos integrantes das famílias Alves e Santana, as mais atingidas, o espectador pode perceber a imaturidade tanto das vítimas quanto das autoridades da época para lidar com a situação.

O diretor e produtor Ângelo Lima fala ao Diário da Manhã sobre o processo de criação do vídeo e seu ponto de vista sobre o ocorrido. Ângelo explica que, durante a produção do curta Amarelinha, lançado em 2002 e que também trata do acidente do césio 137, ele criou uma ligação e um respeito muito forte com as pessoas envolvidas e isso gerou uma vontade de fazer algo maior. “No começo era para ser uma série e falar sobre o césio e a arte, das várias maneiras que a história já foi contada: na literatura, no cinema, no teatro, na música.” Mas a idéia acabou não concretizando, pois, segundo o diretor, um trabalho dessa magnitude precisa de muito investimento e ele conta com apenas a produtora “do bolso”. Apesar da idéia inicial não frutificar, Ângelo conseguiu realizar parte dela com O pesadelo é azul. “Foram cinco dias filmando e um mês no processo de edição”, contabiliza. São mais 12 horas de depoimentos que, como o próprio diretor diz, “davam para fazer um longa-metragem ou até mesmo uma série”, como no plano inicial.

Ângelo espera que esse trabalho sirva como alerta à população, que não sabe como as vítimas foram tratadas e como elas ainda são humilhadas pelos poderes públicos. “O foco do filme são as pessoas e como elas foram feridas por dentro e por fora. Quero mostrar a perda da dignidade que elas sofreram ao ir em busca de seus direitos.”

Além disso, o curta conta também com um apanhado de imagens da época, como entrevistas veiculadas pelos jornais impressos e televisivos. O então secretário da Saúde, Antônio Faleiros, dá depoimentos exclusivos sobre as tomadas de decisões da época e fala sobre como o governo Henrique Santillo trabalhou o assunto. Outro depoimento importante historicamente para o documentário é o do presidente da Associação das Vítimas do Césio, Odesson Alves Ferreira. Além de contar sua história e a trajetória das vítimas ao longo desses 21 anos, ele levanta um tema importante sobre a possibilidade de os efeitos do césio sob o organismo da pessoa causar câncer. Ele menciona em seu depoimento o aumento dos casos da doença depois do acidente. Pactuante dessa opinião, Ângelo Lima pretende levantar esse assunto através de seu filme.

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